quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 32


NA SUA VIAGEM INAUGUARAL O VAPOR ALEMÃO “RABAT” SOFRE UM INCIDENTE Á ENTRADA DA BARRA DO DOURO




A 21/01/1930, pelas 17h30, demandou a barra do Douro, na sua viagem inaugural, o vapor Alemão RABAT, 91m/2.719tb, nova e excelente unidade do armador OPDR (Companhia Oldenburg Portuguesa), Hamburgo, de cujo porto procedia com carga diversa.

Pouco tempo após a passagem pela bóia da barra e já diante do cais Velho, apesar do seu bom governo e máquina, sofreu uma estocada das águas de cima, que o obrigou a ir de guinada para bombordo, pelo que o piloto Eurico Pereira Franco, imediatamente ordenou leme a estibordo e mais força na máquina, a fim de ganhar governo e não obedecendo à manobra, mandou largar o ferro de estibordo e máquina toda força à ré. Passado o perigo, virou o ferro e seguiu rio acima, sem mais percalços, até dar fundo no lugar de Oeste da Cábrea, a dois ferros com ancorote dos pilotos pela popa e cabos passados para terra. O “RABAT” vinha agenciado à firma Burmester & Cia. Lda.

O RABAT e o CEUTA, seu gémeo, foram empregues no tráfego de Hamburgo, Bremen, Roterdão e Anvers para Portugal, Espanha, Marrocos e Canárias.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior, Oldenburg Portugiesische Dampfschiffs Rhederei – Reinhart Schmelzkopf e Miramar Ship Index.

Foto de autor desconhecido.

(Continua)

Rui Amaro

domingo, 6 de dezembro de 2009

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 31


O INCIDENTE COM VAPOR NORUEGUÊS “AQUILA”


Vapor Norueguês AQUILA / Desenho de Rui Amaro /.


A 20.01.1930, pelas 17h30, quando o vapor Norueguês AQUILA demandava a barra do Douro, motivado por um golpe de mar desgovernou a bombordo, diante da Ponta do Dente, pelo que o piloto António Gonçalves dos Reis mandou, imediatamente largar o ferro de estibordo e marcha toda a força à ré, a fim de evitar o encalhe nas pedras. Contudo, ao suspender o dito ferro e o vapor de marcha avante, resultou que a amarra se partisse, e como tal perdeu o ferro.

Logo a seguir ao incidente subira a bordo o piloto Júlio Pinto de Carvalho, que foi auxiliar o seu colega nas manobras de levar o vapor ao meio do rio. O AQUILA retomou a sua navegação para montante, indo amarrar no lugar do cais do Cavaco com o único ferro que lhe restou, cabos para terra e ancorote dos pilotos pela popa para Noroeste.

AQUILA – 77m/1,892tb/8,5 nós; 06.1917 entregue pelo estaleiro American Shipbuilding Co., Superior, Wisconsin, EUA, como TOULOUSE à Cie. Française dês Chemins de Fer, Paris, gestores Soc. Maritime Auxiliaire de Transports Maritimes, Nantes; 1927 AQUILA, A/S Aquila, gestores A. I. Langfeldt & Co. A/S, Kristiansand; 1934 UFA, Severnoje Gosudarstvennoe Morskoe Parokhodstevo, Leninegrado; 29.01.1943 enquanto em viagem de Kola para os EUA, 500 mn de Akureyri, Islandia, transportando madeira, foi torpedeado e afundado pelo U-255 com perda de toda a tripulação.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior e U-Boat net; Sjohistorie.No.

(continua)

Rui Amaro