segunda-feira, 10 de maio de 2010

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 62

O VAPOR MISTO INGLÊS “DOMINIC” DEMANDA O PORTO DE LEIXÕES PELA PRIMEIRA VEZ


A 03/03/1931, pelas 14h00, escalou o porto de Leixões pela primeira vez o vapor misto Inglês DOMINIC, fundeando a dois ferros ao Sul. Aquele vapor, cujo agente na cidade do Porto era a firma Garland, Laidley & Co. Ltd., foi construído em 1922 pelo estaleiro Friederich Krupp AG Germania Werft, Kiel, como NORDFRIESLAND para o armador Flensburger Dampfer Compagnie AG (H. Schuldt), Flensburg e em 1924 foi vendido ao armador H.C. Horn (Horn Linie), Flensburg, que o rebaptizou com o nome de CLAUS HORN. Em 1927 foi adquirido pela The Booth Steamship Co. Ltd., Liverpool, recebendo, então o nome de DOMINIC, embora empregue por vezes no tráfego oceanico, passava mais do seu tempo a operar no tráfego costeiro e fluvial entre os portos do Norte do Brasil e os portos e ilhas do rio Amazonas, desde Belém do Pará até Manaus, sobretudo no transporte de passageiros e toros de madeira. Em 1932 foi vendido ao armador Maurel & Prom, Bordéus, alterando o nome para MONTESQUIEU e em 1942 foi aprisionado pelas forças navais Italianas, recebendo o nome de ENNA até ter sido afundado em 1943 por ataque aéreo Aliado ao porto de Génova. Em 1947 foi resgatado e demolido para sucata.

O DOMINIC, 93m/3.396tb, procedia de Liverpool, seu porto de registo, entrando no porto de Leixões dirigido pelo piloto Bento da Costa e abandonou aquele porto a 4, conduzido pelo piloto Francisco Piedade com destino aos portos do rio Amazonas com escala pelo porto de Lisboa.

Fontes: José Fernandes Amaro Júnior e Miramar Ship Index

(continua)

Rui Amaro